Em primeiro lugar, gostaria de agradecer imensamente a Revista Bacana, na pessoa de Ana Nunes, por esse espaço acolhedor e pelo convite. Falar de uma relação de mãe e filha, é falar de um papel que se instala em nossas vidas quando decidimos gerar.
Esse papel, só é entendido no decorrer do processo, pois é quando nasce um filho, que nasce uma mãe. E são diversos os tipos de mãe. Cada uma com sua vivência pessoal, começa a interagir com esse outro ser humano numa relação nunca antes conhecida. Num vínculo que começa imediatamente dentro da mulher e se expande além dela.
No nascimento desse papel vem a responsabilidade de cuidar, alimentar e transmitir informações que nortearão os comportamentos dos filhos. É possível acontecer que, no decorrer dessa vivência, vínculos de amor e amizade não fiquem tão firmes.
Isso pode ocorrer por condições diversas; emocionais, estruturais e psíquicas. Mas na grande maioria das vezes, o que acontece, é essa mulher conhecer o mais genuíno sentimento humano. O AMOR.
Dentro de cada mulher existe a força geradora e nutridora que dá vida à vida. Seja a vida de outro ser humano, ou à tudo que ela permear. Dentro do útero de nossas avós já estavam os óvulos que dariam surgimento à nossa mãe e por consequência a nós netas.
De útero à útero, somos Uma, numa linhagem de amor pela existência. Honrar a nossa linhagem ancestral maternal, é honrar a nós mesmas. Mas no meu caso, honro não só a benção da vida que recebi do útero da minha mãe, o que já seria motivo enorme de gratidão; Honro tudo que experenciei ao seu lado desde meu nascimento.
Salonee é mulher maravilhosa, com valores humanos, amor maternal sem igual e força inspiradora. Uma sacerdotisa com muito conhecimento a transmitir à muitos. Quem já esteve perto dela, sabe do que digo.
Cresci acompanhando seu modo de perceber e interagir com a vida. Cresci aprendendo com ela o respeito, a disciplina e sobretudo a comunicação, que se dá nas relações com outras pessoas, com a família, com as adversidades e com as bênçãos da vida.
Aprendi a ser grata a tudo. Sempre presenciando seu caminhar espiritual e profissional e atuação na área de desenvolvimento humano. Me inspirei e fui bebendo da fonte. Pensava eu, que um dia, em um tempo mais distante, fosse caminhar por esse caminho também, pois me tocava profundamente.
Porém como o tempo que pensamos, nem sempre é o tempo das coisas como acontecem, esse momento chegou bem antes para mim. Me tornei terapeuta e instrutora, e sigo a minha jornada pessoal acompanhada, amparada e incentivada por ela.
Falando em incentivo, muito antes de me tornar terapeuta, meu caminho foi a dança. Viajei o mundo dançando profissionalmente. E vale dizer que sempre, minhas escolhas foram amorosamente respeitadas e incentivadas por ela.
Hoje, da mesma maneira. Sigo meu caminho como terapeuta integrativa, onde a dança continua fazendo parte num contexto diferente. Dos trabalhos que realizo, destaco para esse texto, o Sagrado Feminino, que chegou ampliando a visão do que tínhamos em nossa relação.
Mais que mãe e filhas, gostamos de dizer, pois assim sentimos, que somos companheiras de jornada, mentoras uma da outra e irmãs de alma. Sei meu lugar de filha e que sou “pequena” e ela “grande”. Eu filha e ela mãe. Como diz a constelação familiar.
E nessa sororidade e amor, construímos uma história que, pelo vínculo, não terminará. Sou imensamente grata a todos os ensinos, todos os colos, todas as advertências e todos os momentos juntas, que só me fortaleceram.
Vale destacar meus dois partos normais, onde a cada contração, ela me doulava com força e amor, até a chegada de seus dois netos. Sim, sou mãe e posso dizer que esse é o Amor, mais próximo do amor Maior. Pois é realmente incondicional.
Falando um pouco do meu trabalho que surgiu nesse terreno fértil e materno, eu sou uma “Mulher Medicina”, termo utilizado por quem utiliza suas potências e conhecimentos para se autoconhecer e levar outros a conhecerem o melhor de si.
Sou produtora de eventos e tenho uma empresa de entretenimento e Arte para corporativos. A Atuação Produções. Eneagramista formada por minha mãe em seu instituto, o Aeon de Hórus, com anos de experiência com essa ferramenta acompanhando e interagindo em suas vivências.
Sou terapeuta integrativa, conduzo círculos e vivências para desenvolvimento humano e despertar da consciência e atendo com as técnicas de massagem yoga Ayurveda, Reiki, Thetahealing avançado, PNL, CNV e Dança Terapia, instrutora de Barras de Access, além de mentora de mulheres e guardiã círculos do Sagrado Feminino.Estou sempre na região de Porto Seguro e Cabrália realizando esses trabalhos.
Mas o mais importante a ser dito aqui, é que a interação mãe e filha, pode ser assim. Uma amizade entre duas mulheres que unidas pelo útero, se alinham a Grande Mãe. Desejo a tod@s um feliz dia das mães e que essa energia materna em toda mulher, possa elevar a vibração do nosso planeta e de todo Universo, pela cura de todas as relações.
Sou Juliana Nunes Korovichenco (nunes de mãe e Korovichenco de pai) e assim falei.