Durante as trevas
Nasce a lágrima, milagre.
No fundo do poço
Brota a força, coragem
Para atravessar a tempestade.
No meio da escuridão
Descrentes da justiça
Humana e divina,
Num desastre
A cada dia mais pessimista,
Cansados de farsas,
Trapaças,
Tropeços,
Desesperos,
E falta de ar
Do mundo que está,
Surge uma mão amiga,
Uma cesta básica preenchida
De amor e afeto
De gente que ainda acredita,
Que não deixa se contaminar
Pela decadência dessa política
Corrupta, desumana,
Descabida,
Cheia de veneno,
Cloroquina e rachadinhas,
Somadas revelam
O precipício de uma era.
Era uma vez
Um povo que acordou
De um sono profundo,
Estava todo mundo
De sapatos aterrados
Com os pés na lama,
Viram as almas chorando
E implorando,
Ajudem um ao outro,
Sejam o sorriso
De um coração ferido,
Sejam o alimento
Dos sonhos cristalinos,
Sejam o vaga-lume
Na floresta perdida,
Sejam
O milagre da vida.
por Gabriel Sabiá
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